Os planos para Gestão Ambiental continuam...

..........................................................................

Como eu disse na tarefa 5, as ações realizadas ( MURAL DE CAPTAÇÃO DE IDEIAS, VARAL DE LEITURA, SINALIZAÇÃO DOS LATÕES E COMPOSTEIRA, DIVULGAÇÃO DA OFICINA DE COMPOSTAGEM e CANECÁRIO) são o pontapé para colocar em prática uma das atividades que fizemos em sala de aula: Elaborar um plano de gestão ambiental para o campus.

Quando divulgamos no facebook do campus, Bitela e Gyraia, nossos veteranos egressos disseram que também já tinham feito algo parecido como professor Toppa (hoje na UFSCAR) e me enviaram a proposta por e-mail.



O trabalho é um pouco extenso e está incompleto, mas a parte que diz a respeito de uma proposta de Gestão Ambiental para o campus é essa:

................................................................................................................

Propostas de planos de gestão para o Campus Experimental do Litoral Paulista da UNESP.

Com base no levantamento realizado por meio das entrevistas, foram apurados vários pontos quanto a problemas ambientais observados no campus, abordados a seguir de acordo com seu aspecto ambiental.
Aspecto - água
Em relação à água, foi sugerido um melhor aproveitamento dos recursos hídricos. Para sua realização, sugerimos um Plano de adequação do consumo de água, que inclui ações para a captação de água da chuva e sua utilização para irrigação das plantas do campus, da horta e para limpeza de áreas de uso comum, como banheiros e pátios. Para tal, poderiam ser construídas cisternas de acordo com as capacidades do lugar e de acordo com as demais estruturas existentes, apresentando um retorno financeiro e ambiental a curto ou médio prazo. Outra estratégia a ser adotada seria a implantação de uma cisterna específica para utilização nas descargas dos vasos sanitários. Nesse caso, a cisterna deveria ser implantada logo abaixo do telhado, para evitar custos com canalização, e acima do solo, para evitar gastos com sistemas de bombeamento, levando a água até o vaso por gravidade. Apesar do custo, o retorno se mostra efetivo em curto prazo. Para a realização das mudanças sugeridas, seriam aconselháveis parcerias com instituições ligadas ao tema, como no caso do Instituto de Permacultura e Ecovilas da Mata Atlântica (IPEMA), bem como um maior acompanhamento da parte da Comissão do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) do campus.
Aspecto - resíduos sólidos
No aspecto relacionado à produção de resíduos sólidos, sugere-se o tratamento, disposição e reutilização desses resíduos, bem como a tentativa de diminuir a produção destes resíduos. Para se alcançar este objetivo, propõe-se um Programa de destinação de resíduos sólidos dentro do Plano de destinação dos resíduos, com campanhas de estímulo à coleta seletiva, com seminários para conscientização dos envolvidos. No caso específico do alto consumo de papel, empregar-se-ia campanhas para a utilização de impressões e cópias frente e verso, reduzindo-se a quantidade de papel utilizado, bem como sua substituição por documentos em formato digital, quando esta aplicação for possível. Parcerias com a prefeitura da cidade, junto à Secretaria do Meio Ambiente (SEMAM) e a Companhia de Desenvolvimento de São Vicente (Codesavi) poderiam ser estabelecidas, juntamente à Comissão PDI e a Comissão de assuntos acadêmicos e administrativos do campus da universidade. Já a produção de resíduos laboratoriais foi considerada em um Programa de destinação de resíduos laboratoriais, onde deveria haver um treinamento dos técnicos responsáveis por cada laboratório, para sua separação e destinação final, de acordo com o Guia de neutralização e destinação de resíduos químicos perigosos do IBILCE-UNESP e acompanhado pela Comissão Local de Resíduos e Produtos Químicos do campus, bem como pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e pela Comissão Interna de Biossegurança (CiBio). Quanto aos efluentes de esgoto, um programa de destinação de efluentes deveria garantir a estrutura adequada para a captação do esgoto, desta forma as ações propostas são no sentido de checar as condições da tubulação de esgoto e adequá-la caso seja constatado que os efluentes não recebem a destinação correta. Para este programa, a ação conjunta com a prefeitura e a SABESP deveria ser considerada.
Os planos de adequação do consumo de água e destinação de resíduos encontram-se ilustrados na forma de fluxograma na Figura 35.

Aspecto - Energia
Quanto ao aspecto da energia elétrica, sugere-se um Plano para redução do consumo de energia, com instalação de clarabóias nas futuras instalações do campus, aproveitando a luz do sol para a iluminação do ambiente. Uma possível alternativa é também a instalação de painéis fotovoltaicos, já que este equipamento se mostra eficaz para a utilização em lâmpadas e outros equipamentos, sendo desaconselhável apenas para equipamentos que gastem muita energia como geladeiras ou equipamentos laboratoriais, podendo ser, porém, amplamente utilizada nos demais setores do campus, economizando no gasto com energia elétrica. Apesar de um pouco mais custoso do que as outras alternativas, esta técnica traz grandes vantagens a longo prazo, uma vez que seu tempo de vida útil se estende por mais de 30 anos e apresenta baixo custos de manutenção. Estas mudanças deveriam ser acompanhadas pela Comissão de Interna de Conservação de Energia do campus (CICE), podendo-se realizar parcerias com empresas do setor ou instituições como o IPEMA. Também identificamos a necessidade de atividades educativas e sensibilizadoras sobre redução do consumo de energia, inserindo práticas como apagar as luzes e desligar os computadores do pólo de informática no dia a dia da comunidade do campus.
Revitalização das áreas verdes
Foi sugerido também o aumento de áreas verdes nas dependências do campus, com atividades desenvolvidas sobre o Plano “áreas verdes”. Suas diretrizes poderiam ser atendidas com o plantio de mudas, em especial em áreas ocupadas apenas com gramíneas, bem como esforços para se transformar a horta já presente (hoje não mais...) no campus em uma área de vivência e lazer. Para se garantir o apoio da comunidade do campus, dar-se-ia a preferência pelo plantio de árvores frutíferas, além da realização de seminários com o objetivo de conscientizar a comunidade sobre a importância de mais áreas verdes para o campus e para o ecossistema no qual ele está inserido. Sugere-se a utilização de espécies nativas, que poderiam ser obtidas por meio dos viveiros mantidos pela CODESAVI no Parque ambiental de Sambaiatuba ou pelo Horto Municipal da cidade de São Vicente. Outros viveiros podem ser encontrados no levantamento feito por Yuki (2008).
Adequação da Infra-estrutura
O último plano proposto, atendendo aos apontamentos da comunidade do campus, é um Plano de Adequação da infra-estrutura. Seria aconselhável uma melhoria na estrutura física do campus, como a construção de rampas de acesso para deficientes físicos e instalação de lixeiras nas calçadas ao redor do campus, para uma melhor adequação e armazenamento dos resíduos gerados que serão posteriormente recolhidos pelos serviços de limpeza da prefeitura. Também se tornam prioritárias ações para revisão das instalações atuais frente aos aspectos ambientais considerados nesta pesquisa e projetos consolidados para as instalações futuras, em um projeto de expansão do campus, inclusive para que o Plano “áreas verdes” possa ser desenvolvido sem a geração de conflitos sobre as áreas ainda disponíveis.
O plano de redução do consumo de energia, plano “áreas verdes” e plano para adequação da infra-estrutura estão ilustrados na Figura 36.
De acordo com o levantamento realizado, o campus apresenta diversas problemáticas ambientais apontadas pelos participantes da pesquisa. Para a melhoria da qualidade ambiental sugerimos alguns Planos de Gestão Ambiental que devem ser desenvolvidos em projetos frente a realidade Institucional da UNESP. A predominância da visão antropocêntrica pode ser um fator que dificultará a operacionalização de um SGA, portanto, ações de conscientização e sensibilização podem ser buscadas por meio da educação ambiental. Além disso, é importante adotar medidas que busquem a capacitação e treinamento dos envolvidos na execução das ações prioritárias para melhoria da qualidade ambiental, construindo uma nova Cultura Organizacional no campus
................................................................................................................
Talvez seja interessante convidá-los para esse novo momento, quando tem bastante gente com vontade de fazer acontecer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário